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MPE pede prisão de cabo Gerson após descumprimento de medida cautelar em MT

Segundo MP, ficou comprovado por meio do cadastro de clientes que cabo Gerson esteve em uma boate de Cuiabá, em horário incoerente para quem está em liberdade provisória.

Data: Quinta-feira, 18/10/2018 10:02
Fonte: G1 MT

O Ministério Público Estadual (MPMT) solicitou à Justiça, nesta quarta-feira (17), a prisão preventiva de Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior. De acordo com os argumentos do MPE, o cabo da Polícia Militar, que é investigado por participação em um esquema de escutas ilegais, teria descumprido medidas cautelares imposta para a concessão de liberdade provisória.

Ainda segundo o MP, cabo Gerson teria desligado o aparelho de monitoramento eletrônico.

A defesa do acusado informou que considera a prisão desnecessária já que se ele se apresentou à Justiça e esclareceu os fatos.

De acordo com denúncia entregue ao MPE no dia 30 de agosto deste ano, o cabo Gerson teria ido a uma boate, em Cuiabá.

Neste caso, o acusado, que está em liberdade provisória, teria descumprido uma das medidas cautelares impostas durante audiência de custódia.

Ainda segundo o MPE, o cabo teria desligado a tornozeleira eletrônica.

Diante da denúncia, a Justiça solicitou que a casa noturna enviasse registros da visita do cabo.

Depois de acionado, o proprietário apresentou uma ficha cadastral de clientes, que assinam o documento em caso de porte de arma. No documento havia a assinatura e o número do Registro Geral (RG) de Gerson.

Ainda de acordo com o MP, na ocasião, o cabo foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o descumprimento da cautelar.

Em princípio, ele teria dito que os documentos dele haviam sido roubados há quatro anos e, desde então, outra pessoa se apresentava usando o nome e patente do cabo Gerson.

No entanto, após a apresentação da ficha cadastral, o cabo foi ouvido novamente e confessou ter ido à boate, naquela noite.

Mesmo com o argumento do MP de que o descumprimento foi comprovado, a defesa afirma que a prisão seria desnecessária já que Gerson se apresentou à Justiça e esclareceu os fatos.

Os advogados de Gerson, Neymann Monteiro e Eurolino Reis, informaram ainda que a liberdade provisória foi concedida porque o acusado colaborou com as investigações, fornecendo informações necessárias ao andamento do processo.

A Justiça ainda não se manifestou quanto ao pedido do Ministério Público.