O Ministério Público Estadual (MPMT) solicitou à Justiça, nesta quarta-feira (17), a prisão preventiva de Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior. De acordo com os argumentos do MPE, o cabo da Polícia Militar, que é investigado por participação em um esquema de escutas ilegais, teria descumprido medidas cautelares imposta para a concessão de liberdade provisória.
Ainda segundo o MP, cabo Gerson teria desligado o aparelho de monitoramento eletrônico.
A defesa do acusado informou que considera a prisão desnecessária já que se ele se apresentou à Justiça e esclareceu os fatos.
De acordo com denúncia entregue ao MPE no dia 30 de agosto deste ano, o cabo Gerson teria ido a uma boate, em Cuiabá.
Neste caso, o acusado, que está em liberdade provisória, teria descumprido uma das medidas cautelares impostas durante audiência de custódia.
Ainda segundo o MPE, o cabo teria desligado a tornozeleira eletrônica.
Diante da denúncia, a Justiça solicitou que a casa noturna enviasse registros da visita do cabo.
Depois de acionado, o proprietário apresentou uma ficha cadastral de clientes, que assinam o documento em caso de porte de arma. No documento havia a assinatura e o número do Registro Geral (RG) de Gerson.
Ainda de acordo com o MP, na ocasião, o cabo foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o descumprimento da cautelar.
Em princípio, ele teria dito que os documentos dele haviam sido roubados há quatro anos e, desde então, outra pessoa se apresentava usando o nome e patente do cabo Gerson.
No entanto, após a apresentação da ficha cadastral, o cabo foi ouvido novamente e confessou ter ido à boate, naquela noite.
Mesmo com o argumento do MP de que o descumprimento foi comprovado, a defesa afirma que a prisão seria desnecessária já que Gerson se apresentou à Justiça e esclareceu os fatos.
Os advogados de Gerson, Neymann Monteiro e Eurolino Reis, informaram ainda que a liberdade provisória foi concedida porque o acusado colaborou com as investigações, fornecendo informações necessárias ao andamento do processo.
A Justiça ainda não se manifestou quanto ao pedido do Ministério Público.