A casa tem dois quartos, sala, banheiro, cozinha, e espaço para uma sala de jantar. A família já está na nova moradia, que demorou três meses para ficar pronta.
Com as próprias mãos, uma família de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, construiu uma casa utilizando materiais recicláveis, como garrafas de plástico e vidro, barro e compostagem, através da técnica conhecida como permacultura. O tratamento de água do local é feito a partir do círculo de bananeira e permite a reutilização da água usada na residência.
A construção tem como base um projeto desenvolvido pelo Núcleo Experimental de Permacultura e Bioconstrução do Pantanal (Nepbio). Esse método é um sistema de princípios agrícolas e tem design sustentável.
A casa tem dois quartos, sala, banheiro, cozinha, e espaço para uma sala de jantar. A família já está na nova moradia, que demorou três meses para ficar pronta. O custo da obra foi quase zero, já que os materiais usados tinham sido descartados, entre eles o lixo orgânico, que foi transformado no processo de compostagem.
O objetivo é planejar e criar ambientes sustentáveis e produtivos, mantendo o equilíbrio com a natureza. Na obra, foram usadas mais de 14 técnicas que aos poucos foram sendo adaptadas.
O bioconstrutor Sandro Miguel da Silva Paula explicou que conheceu a permacultura em uma conversa com argentinos. Segundo ele, a família tinha planos de viajar o mundo para conhecer culturas diferentes.
“Há 10 a gente estava querendo largar tudo e viajar pelo mundo, porque queríamos saber como as outras pessoas viviam. Em 2012, nós conhecemos um grupo de franceses e argentinos e, através deles, conhecemos a permacultura”, disse.
A primeira casa construída pela família recebeu o nome de 'casa de cupim'. Sandro contou que a ideia do nome surgiu por causa de um cupinzeiro que existia no local. .
“Colocamos o nome de cupim também porque ele molda a terra, constrói, e o cupim vive na terra”, contou.
O que a família De Paula aprendeu durante 10 anos com a bioconstrução e permacultura, é ensinado para os estudantes nas escolas da região através de palestras e oficinas.
A bioconstrutora Suely de Paula explicou como é feita a separação do lixo para construir a residência. A casa de cupim, também é chamada de zona zero, onde é realizada a separação do material industrial que é incinerado.
A partir do sistema conhecido como círculo de bananeira, a água usada na casa é reutilizada nas pias e chuveiro e ainda beneficia a produção de bananas.
“O que vem do mercado, que são resíduos industriários, separamos e incineramos. Os materiais orgânicos são enviados para ser feita uma compostagem”, afirmou.