A secretaria de Estado de Segurança Pública confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que a Polícia Federal já foi acionada para investigar a invasão de mais de 300 pessoas em uma área de fazenda localizada nas proximidades do distrito Conselvan, a cerca de 11 quilômetros de Aripuanã (949 km de Cuiabá) onde estão extraindo ouro.
Ainda segundo informações da secretaria, o garimpo é de competência do governo federal, mas que já reforçou o efetivo da Polícia Militar na região, incluindo policiais da Força Tática para monitorar a situação e prevenir possíveis ocorrências.
Ontem, a PM informou que a área estava sendo explorada apenas por dois homens que descobriram a riqueza. Porém, eles acabaram se desentendendo, divulgado imagens nas redes sociais e atraindo centenas de pessoas para o local.
Os policiais reforçaram a segurança na região devido a aglomeração. Porém, até o momento, não houve necessidade de intervenção policial.
O chefe da unidade técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Juína, Evandro Selva informou, ontem, que não houve denúncia formal sobre a extração ilegal do minério da área. “O proprietário ainda não apareceu aqui para protocolar ou formalizar essa invasão. Se a área for particular se torna competência do Estado. Agora se for federal, será competência nossa. Neste caso, o Ibama não pode interferir já que não é flagrante”.
O promotor de justiça de Aripuanã, Carlos Frederico disse, anteriormente, em entrevista, ao Só Notícias, que o Ministério Público tem conhecimento da invasão desde o dia 23 deste mês. “Nós registramos a notícia do fato, realizamos algumas ações preliminares e encaminhamos para o Ministério Público Federal. Essa situação é de competência deles”.
O promotor explicou que também existe uma preocupação com segurança devido ao aumento expressivo de pessoas na região. “Nos últimos dias, se percebeu um aumento muito grande na cidade. Alguns empregados sem prévio aviso deixaram os empregos para se aventurarem no garimpo. Essa aglomeração de pessoas também nos preocupa e causa certa insegurança aos moradores do município”.