O movimento nos comércios de Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, aumentou consideravelmente desde a invasão de um garimpo ilegal há aproximadamente dois meses. A estimativa é de que mais de duas mil pessoas estão em uma propriedade particular na esperança de encontrar ouro. Policiais militares estão fazendo a segurança do local e não há data prevista para a desocupação.
O prefeito de Aripuanã, Jonas da Silva (PR) explicou que as principais preocupações com o aumento da população devido a extração de ouro é a saúde e a segurança.
“A preocupação na verdade é mais na área de saúde e atender a todas as pessoas que estão sobrando no município, porque está aumentando o fluxo de pessoas no hospital”, contou.
A comerciante Maria Rosa Ciato contou que vendia 500 pães por dia e que, com a abertura do garimpo, passou a vender mais de 2 mil pães.
“A gente não estava preparado para esse movimento, mas o garimpo melhorou muito para nós ”, disse.
Comércio e serviços públicos em Aripuanã sentem impacto da chegada de garimpeiros
A economia do município, que tem mais de 20 mil habitantes, é baseada na extração de madeira e pecuária. O grande número de pessoas em busca de ouro no garimpo clandestino que fica a aproximadamente 12 km do Centro da cidade.
O material retirado do garimpo é colocado em sacos e levado para os moinhos improvisados em chácaras e quintais das casas próximas ao local. No entanto, em alguns casos, a expectativa é frustrada.
Um garimpeiro que não quis se identificar, por exemplo, pegou 130 sacos com 50 quilos e só conseguiu 24 gramas de ouro.
Invasores retiram terra de garimpo e levam outro local para a extração — Foto: TVCA/ Reprodução
O dono da fazenda já registrou um boletim de ocorrência.
O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) classificou a invasão no garimpo clandestino como uma '‘violenta agressão ambiental’'.
Também foi informado que as pessoas que estão ocupando a área não têm autorização do órgão para qualquer tipo de extração mineral.