O vice-governador eleito, empresário Otaviano Pivetta, defende a realização de uma consulta popular para, caso se tenha respaldo da sociedade, ampliar e implantar a metodologia das escolas militares Tiradentes em todas as unidades educacionais do Estado. Com know-how de quem ajudou a revolucionar a qualidade da ensino em Lucas do Rio Verde, onde foi prefeito por três vezes, Pivetta cita que vem recebendo muitos pedidos de famílias que querem matricular os filhos nas escolas militares. Para se ter ideia, a unidade Tiradentes, implantada pelo Estado em Lucas do Rio Verde, possui 150 alunos, mas a demanda hoje seria para mais de 900 vagas.
Existem no Estado sete escolas militares Tiradentes funcionando em Cuiabá, Nova Mutum, Confresa, Sorriso, Juara, Alta Floresta e Lucas do Rio Verde. Na de Rondonópolis, que está pronta, vai ter aula somente no início de 2019. Em Barra do Garças, o prédio está em reforma para abrir no ano que vem. E, em Sinop, o governo estadual está aguardando definição de local para construir a unidade. No geral, são 767 escolas estaduais e 40 funcionam em tempo integral.
"Eu respondo a essas pessoas que querem filhos nas escolas militares que podemos usar os métodos da escola Tiradantes onde a sociedade quiser. Nossas escolas estaduais podem receber a mesma metodologia, implantando disciplina, ordem e civismo, a cultura do comprometimento, de comportamento". Pivetta reconhece e elogia o governador Pedro Taques pela iniciativa de ampliar o funcionamento das escolas militares. "Foi uma coisa boa que este governo começou a fazer e que vem de encontro ao desejo da sociedade".
Consulta popular
Afirma ser possível o novo governo fazer consulta para mudança da metodologia nas escolas, de modo a estabelecer que alunos voltem a usar uniforme, a cantar o Hino Nacional, inclusive em fila e em posição de sentido, assim nas décadas de 1970 e 1980. Pivetta observa que é preciso restabelecer disciplina, obediência rigorosa aos professores e que alunos se comportem e respeitem-nos. "Se a sociedade demandar isso, ao invés de construir escolas, vamos usar essa metodologia. Estou percebendo que todo mundo quer isso. Vamos mudar a cultura da bagunça, da baderna, mudar de imediato, se for preciso. Aluno tem de respeitar professor, que muitas vezes é agredido com palavras e fisicamente".
Na prática, de acordo com Otaviano Pivetta, os professores seriam os mesmos, assim como a gestão escolar, embora precise melhorar nesse aspecto. Seriam implantada novas disciplinas, como de Educação Moral e Cívica, e cada escola contaria com um militar treinado para promover e despertar o sentimento cívico. "Faríamos escola digna para todos, uma grande revolução na educação. Parece que a socieade está demandando nessa nova ordem".