Faleceu na quarta-feira (7) Rita de Cássia, mãe de Sérgio Luiz Ferreira da Silva, o “Serginho”, que ficou conhecido em Mato Grosso pela luta travada contra uma doença rara chamada epidermólise bolhosa.
Serginho faleceu no dia 1º de julho deste ano. Rita sofreu cinco paradas cardíacas e não resistiu.
Conforme o pai do menino e marido de Rita, Wellington Gonçalves, desde a morte do filho, há apenas 4 meses, Rita passou a ficar muito abatida e se recusava a comer.
“Ela cumpriu a missão dela que era cuidar do Serginho. Depois que ele morreu, ela perdeu a vontade de viver”, contou o pai.
Ainda segundo ele, há cerca de três anos a filha mais velha do casal também faleceu, deixando duas filhas pequenas.
Agora, com a morte de Rita, Wellington ficou com as duas netas para criar.
Ele conta que há cerca de dois meses Rita começou a se sentir mal e foi levada para o Pronto-Socorro de Cuiabá, onde ficou internada por três dias. Em seguida, foi encaminhada para a Santa Casa de Misericórdia, onde ficou por mais 22 dias.
Conforme Wellington, foi recomendado que ela fosse avaliada por um infectologista e, por isso, ela foi levada para o Hospital Universitário Júlio Müller.
“Lá ela ficou bem melhor. Se sentia forte. Apesar dos médicos não aprovarem a alta, ela insistiu que queria voltar para casa para cuidar das netas”, afirmou Wellington.
Após alguns dias em casa, Rita se sentiu mal novamente e na segunda-feira (12) foi levada pelo marido de volta ao Pronto-Socorro de Cuiabá. No local, mandaram que eles procurassem uma policlínica para que, só então, por meio da Central de Regulação, ela fosse transferida novamente.
“Nós fomos para a Policlínica do Verdão, mas lá estava sem energia elétrica e sem previsão para retomarem o atendimento. Então fomos para a Policlínica do Coxipó. Lá foi feita a regulação, mas disseram que não tinha um prazo para que ela fosse levada para um hospital. Nós resolvemos então procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Várzea Grande”.
O pai de Serginho conta que Rita deu entrada na UPA de Várzea Grande na terça-feira (13) onde permaneceu internada. Já na quarta-feira (14) ela sofreu uma piora no quadro de saúde e precisou ser entubada.
Wellington diz que por volta de 13h ela sofreu a primeira parada cardíaca. Foi reanimada, mas teve mais 4 paradas cardiorrespiratórias, não resistiu e faleceu.
Wellington diz que está desempregado e que é motorista (categoria E). Ele faz um apelo para que alguém possa ajudá-lo a arrumar um emprego para que ele consiga criar as duas netas, de 4 e 6 anos.
A família, que mora no Bairro São Simão, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, também precisa de doação de roupas, leite, alimentos, entre outras coisas.