Após mais de quatro meses, a Polícia Federal (PF) ainda investiga o assassinato ocorrido em pleno voo, na tarde do dia 27 de junho. Na ocasião, a aeronave, que estava com três pessoas, decolou de Guarantã do Norte (a 736 quilômetros de Cuiabá) com destino no Apuí, no Amazonas, para buscar drogas. Porém, após o homicídio, o piloto resolveu fazer um pouso forçado em um rio, localizado na zona rural de Itaituba (PA).
A assessoria de imprensa da Polícia Federal (PF) do Pará limitou-se a dizer que a investigação está sob sigilo e que nenhuma informação poderia ser repassada. Vale lembrar que como o voo aconteceu dentro de uma aeronave, em pleno voo, o crime passa a ser federal e fica sob responsabilidade do órgão.
Todos os depoimentos e materiais colhidos pela Polícia Civil já foram encaminhados para a Polícia Federal de Itaituba.
O caso
A assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil (PJC) do Pará informou que, durante o depoimento, o piloto contou o que teria motivado o crime. Segundo Sérgio Vanderlei Becker, os dois homens – identificados como Polaco e Turco – teriam começado a discutir meia hora depois da aeronave decolar de Guarantã do Norte.
Segundo Sergio, os dois teriam entrado em desacordo sobre valores. Logo depois, o piloto afirma ter ouvido dois disparos de arma de fogo. Quando olhou para trás, ele viu Turco morto, com um disparo de arma de fogo na cabeça. Polaco então teria levado a vítima até a parte de trás da aeronave, aberto a porta em pleno voo e atirado o homem para baixo.
A abertura da porta da aeronave em pleno voo causou uma severa turbulência na aeronave. O piloto então relatou que usou isto para simular um problema no motor esquerdo do avião. Logo em seguida, fez um pouso forçado em um rio. Sergio afirma que o assassino foi levado pela correnteza.
Por enquanto, o piloto é tratado pela polícia como testemunha. Porém, isso pode mudar de acordo com as provas encontradas no local do fato. Como não havia nada contra ele, Sergio foi liberado pelo delegado que investiga o caso. Ele mora em Cuiabá e se comprometeu a seguir até a cidade no interior do Pará quando pedido pelas autoridades.
O início
Dois homens morreram na tarde de sexta-feira (27), em um avião que decolou de Guarantã do Norte (a 736 quilômetros de Cuiabá) com destino no Apuí, no Amazonas, para buscar drogas. Segundo a versão da PM, o piloto presenciou um assassinato em pleno voo, fez um pouso forçado e na sequência matou o homem que havia cometido o primeiro homicídio.
Havia sangue na aeronave e possíveis pedaços de massa encefálica. Os corpos ainda não foram encontrados.