Um empresário foi detido suspeito de ter chamado uma policial militar de 'negrinha safada' e 'policinha de merda' durante uma discussão em uma região de balneários na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães, a 65 km da capital. A situação ocorreu no domingo (11).
Ao G1, Antônio Marcos Alves da Costa, de 43 anos, negou ter ofendido a policial.
A Polícia Civil informou que Antônio e a mulher dele foram autuados nos crimes de injúria mediante preconceito e desobediência. Eles foram liberados após o pagamento de R$ 3,8 mil em fiança.
Em 2015, quando era suplente de vereador, Antônio Marcos foi detido em uma situação semelhante. Ele chamou um tenente da PM de 'negão', em Cuiabá, e acabou preso.
Segundo a Polícia Militar, a situação ocorreu no final da tarde de domingo. A policial, de 26 anos, contou que estava de folga com o namorado tomando banho de rio e que foram abordados por Antônio Marcos. O nome dela não foi divulgado pela PM.
O empresário afirmava que a policial e o namorado haviam invadido a propriedade dele. Durante a discussão, a policial relatou que o empresário jogou um chinelo dela na água e ainda tentou jogar a bolsa dela no rio.
A PM denunciou o empresário depois que ele a teria ofendido chamando de 'vagabunda', 'negrinha safada' e 'policinha de merda'.
Tanto a policial quanto o empresário chamaram a PM no local. Os policiais afirmaram, no boletim de ocorrência, que a mulher do empresário estava exaltada e que impedia os PMs de conversarem com o suspeito.
Na confusão, a mulher e o empresário acabaram detidos depois de xingarem novamente a vítima e resistirem ao serem abordados pelos policiais.
“Em momento nenhum eu a xinguei. Eu falei que eles [a policial e o namorado] tinham invadido minha propriedade e eles não gostaram”, declarou o empresário ao G1.
O casal foi encaminhado à Central de Flagrantes de Cuiabá, onde foi liberado depois de prestar depoimento. O empresário disse que prestou queixa contra a policial.
Sobre o episódio em que foi detido em 2015, Antônio Marcos disse que ganhou um processo judicial contra o policial já que supostamente não teria sido comprovado que ele o havia xingado.
Naquele ano, ele havia alegado que não chamou o PM de 'negão' e sim de 'meu preto'. Para ele, foi uma forma carinhosa de se referir ao policial que, segundo ele, estaria exaltado.