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Após discutir com marido, jovem se joga de carro e morre atropelada na PA-457

Mayara Rafaela e Anderson Silva retornavam de um balneário na zona rural de Santarém.

Data: Quarta-feira, 21/11/2018 09:53
Fonte: G1 MT

Uma discussão resultou em tragédia e acabou de vez com o relacionamento entre um casal em Santarém, no oeste do Pará. Após discutir com o marido, uma jovem se jogou do carro em movimento e morreu atropelada por outro veículo na rodovia Everaldo Martins, a PA-457.

O acidente aconteceu na noite de terça-feira (20), no trecho entre a vila São Brás e Cucurunã, na região do Eixo Forte, zona rural do município.

 
Trecho do acidente, na rodovia Everaldo Martins, a PA-457, em Santarém — Foto: Débera Rodrigues/TV TapajósTrecho do acidente, na rodovia Everaldo Martins, a PA-457, em Santarém — Foto: Débera Rodrigues/TV Tapajós

Trecho do acidente, na rodovia Everaldo Martins, a PA-457, em Santarém — Foto: Débera Rodrigues/TV Tapajós

De acordo com a Polícia Civil, Mayara Rafaela Bentes de Freitas, de 21 anos e o companheiro dela, Anderson Nascimento Silva, de 27, tinham saído de um balneário e retornavam para casa. No carro também estava a avó de Anderson.

Ainda segundo a polícia, Rafaela estava sentada no banco traseiro, do lado esquerdo do veículo, atrás do motorista. A avó de Anderson, sentada do lado direito. O banco do carona, na frente, estava ocupado com instrumentos musicais, conforme depoimento de Anderson.

Durante a confusão, Rafaela abriu a porta e se jogou no meio da pista, sendo atingida pelo outro carro que seguia logo atrás. Ela foi arrastada por quase dois metros e ficou presa na roda dianteira do veículo. Foi preciso retirar o pneu para tentar salvar a vítima, mas ela já estava morta.

 
Momentos depois do atropelamento na rodovia PA-457 em Santarém — Foto: Divulgação/Polícia CivilMomentos depois do atropelamento na rodovia PA-457 em Santarém — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Momentos depois do atropelamento na rodovia PA-457 em Santarém — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O corpo da vítima foi removido pelo Centro de Perícias Renato Chaves (CPC), do Instituto Médico Legal e passou por exame de necropsia. O marido Anderson deixou o local do acidente, mas retornou pouco tempo depois e foi levado para a 16ª Seccional de Polícia Civil para prestar esclarecimentos. Ele se recusou em fazer o teste do bafômetro.

Os dois motoristas, passageiros dos veículos, testemunhas e parentes do casal estão sendo ouvidos na delegacia. Um inquérito foi aberto para apurar as causas e as circunstâncias do caso e deve ser concluído em até 30 dias.

“Conversando com os peritos, de que, realmente ela se jogou, em razão que ela vinha atrás. Se ela estivesse ao lado dele, justamente ela tinha ido ao encontro da margem da rodovia e não para o meio da rodovia”, afirmou o delegado Herbert Farias Junior.

O motorista do carro que atropelou Rafaela foi identificado como Raimundo Natalino da Silva. Ele passou pelo teste do bafômetro e deu negativo. Ele está sendo ouvido no inquérito na condição de testemunha e deve responder o caso em liberdade.

 
Casal Anderson e Rafaela em post nas redes sociais  — Foto: Reprodução/Facebook/Rafaela FreitasCasal Anderson e Rafaela em post nas redes sociais  — Foto: Reprodução/Facebook/Rafaela Freitas

Casal Anderson e Rafaela em post nas redes sociais — Foto: Reprodução/Facebook/Rafaela Freitas

A família de Rafaela conta que ela era uma menina boa, alegre e divertida. O irmão Érisson Rafael Freitas, diz que há contradições nos depoimentos de Andersom e da avó. Por isso, vai esperar o resultado do inquérito que investiga o caso.

“Tem três opções, ela se jogar, ele ter empurrado ela ou a porta ter aberta, porque a porta do carro não é segura, ela não fecha direito, às vezes, se ela não fechar direito ela pode abrir. Eu não descarto nenhuma possibilidade”, disse.

Segundo a família, Rafaela e Anderson não eram casados, mas viviam juntos há cinco anos e também moravam na mesma casa.

Anderson usou uma rede social para se explicar. Disse "que não teve a maior e nem a menor intenção de fazer nada com mulher e pediu respeito a dor, que não é pouca", segundo ele. Disse ainda "que não precisa ser julgado por uma fatalidade, que não esperava e que foi inevitável".