De acordo com dados divulgados pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), na sexta-feira (23), Mato Grosso ocupa o segundo lugar no ranking dos estados que contribuíram para o aumento do desmatamento na Amazônia Legal.
Com 22% do índice geral apontado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Mato Grosso é responsável pelo desmatamento de uma área de 1.749 km² , cerca de 12% a mais do que o registrado no mesmo período de 2017.
O mapeamento utilizou imagens do satélite para registrar e quantificar as áreas desmatadas maiores do que 6,25 hectares.
Foi considerado como desmatamento a remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso, independentemente da futura utilização dessas áreas.
Depois de ter acesso aos dados, o governo federal estabeleceu um procedimento para reunir e sistematizar as informações sobre o desmatamento em áreas autorizadas e assim, conseguir identificar quanto do desmatamento é ilegal e quanto foi realizado com a autorização dos órgãos ambientais competentes.
Em nível nacional, o Ministério do Meio Ambienta, em parceria com as instituições estaduais, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem buscado intensificar a fiscalização.
O resultado foi aumento de 6% no número de autuções, 56% de áreas embargadas e de 131% de madeira apreendida. Além de 138% do índice de apreensão de equipamentos utilizados em ações de desmatamento ilegal, em todo o país.
Como o desmatamento ilegal muitas vezes está associado a outros crimes, como lavagem de dinheiro, tráfico de armas, drogas e animais e trabalho escravo, a Polícia Federal instaurou 823 procedimentos criminais no período.