Um grupo de garis de Cuiabá paralisou as atividades na madrugada desta terça-feira (27) para cobrar melhores condições de trabalho. O fato acontece após o atropelamento de Darliney Silva Madaleno, de 41 anos e Sebastião da Silva Fialho, de 28 anos, que foram atingidos por motoristas embriagados durante o trabalho. Os dois fatos aconteceram em menos de uma semana.
Os garis informaram que buscam por melhores condições de trabalho. Eles reclamam que os caminhões estão em situação precária e que são obrigados a cumprir a coleta de lixo fora da jornada de trabalho de oito horas por dia.
Procurado pela reportagem, o diretor da empresa que presta os serviços de coleta de lixo em Cuiabá não quis se pronunciar.
A paralisação deve seguir até que as demandas dos garis sejam atendidas.
A prefeitura de Cuiabá prometeu se posicionar ainda nesta manhã sobre o fato.
Os casos
Sebastião da Silva Fialho, 28 anos, que conduzia um carro de passeio de uma empresa que presta serviços de telefonia foi preso após colidir o veículo em um caminhão que fazia coleta de lixo na Avenida Archimedes Pereira Lima (Moinho), na madrugada deste último domingo (25). Um dos garis que estava a trabalho ficou ferido e precisou ser encaminhado ao pronto-socorro de Cuiabá.
De acordo com a Polícia Militar, o condutor do Fiat Uno com adesivos da empresa colidiu na traseira do caminhão de lixo, local onde os garis estavam sendo transportados. A frente do carro de passeio ficou bastante danificada e os airbags chegaram a abrir.
O coletor de lixo Misael Feitosa de Almeida sofreu lesões corporais e foi encaminhado consciente em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao pronto-socorro.
Este foi o segundo acidente envolvendo garis em Cuiabá em menos de uma semana. Na última terça-feira (20) a procuradora aposentada Luiza Siqueira de Farias foi presa por atropelar Darliney Silva Madaleno, funcionário de uma empresa que presta serviços de coleta de lixo para prefeitura de Cuiabá, enquanto trabalhava.
A vítima ficou gravemente ferida e teve que amputar uma de suas pernas. A procuradora, que também ingeriu bebida alcoólica antes de dirigir, chegou a ser detida, mas foi solta em menos de 24 horas após pagar fiança de R$ 7,6 mil.