A presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (SINTEP/MT), professora Jocilene Barboza e o Secretário de Articulação Sindical da mesma entidade, professor Júlio Cesar Viana estavam em Juara neste sábado, num encontro de profissionais da educação na Escola Estadual Iara Maria Minotto Gomes.

Eles vieram falar das políticas sindicais, das perspectivas da educação sob o comando dos novos governantes que assumem em 1º de janeiro, de filiações a entidade dos novos concursados e recentemente empossados pela Secretaria de Estado de Educação (SEDUC).

De acordo com um relato da professora Amanda Pereira Silva Azinari, para o jornalista Paulo Becker, do Grupo Amplitude de Comunicação, ela estava na mesa dos debates que era formada pelos professores Jocilene e Júlio (foto) e como achou necessária a sua filiação ao SINTEP, assinou o ato e foi a presidente Jocilene Barboza quem abonou sua filiação.

“Talvez já estava traçado que seria a última ação terrena dela assinando minha filiação ao sindicato. Ao ser questionado sobre as perspectivas de futuro diante do atual cenário político e econômico, Júlio disse que não acreditava na vida eterna, mas que a única forma para que as ideias dele continuassem existindo, era através de outras pessoas, como outras ‘Amandas’ na luta intransigente em defesa da educação de qualidade. Parecia que era um prenúncio de despedida e lamentavelmente, de fato foi” disse a professora Amanda com a voz embargada.

Terminado o encontro, Jocilene Barboza e Júlio Cesar Viana, no domingo, dia 02 de dezembro seguiram viagem rumo a Cuiabá, quando veio a fatídica noticia de que por volta das 14h40 os dois morreram num trágico acidente, quando Júlio perdeu o controle da caminhonete que dirigia, rodou na pista da BR 163 e bateu de frente com uma carreta.

“Jô como era chamada a presidente do SINTEP era uma mulher guerreira e muito humilde e Júlio Viana tem um histórico com o sindicato desde a sua fundação. Fizeram falas aqui em Juara que agora parecem que eram de fato uma despedida. Muito triste”! Lamentou a professora Amanda.

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