A família de Carlos Daniel, de 2 anos e oito meses, diagnosticado com tumor cerebral, está em busca de uma autorização para que o menino seja transportado para fazer tratamento em São Paulo. No dia 10 dezembro a tia da criança, Daniella Leal, fez um desabafo em uma rede social, na tentativa de chamar a atenção da sociedade para o dilema que estão enfrentando e encontrar uma forma de promover a transferência.
De acordo com o relato no Facebook, a junta médica que acompanha o caso, disse à família que o menino não tem mais vida cerebral e que, os movimentos corporais dele são reflexos que vão persistir enquanto ele viver.
No entanto, segundo outra tia do menino, Francielen Stelle, Carlos tenta falar, mexe os membros e corresponde aos estímulos.
"Quando estou com ele, percebo que ele mexe as pernas, tenta abrir os olhos e reage quando falamos com ele, por isso estamos tentando outro tratamento, na esperança de que ele melhor", comentou
Inconformados com a explicação dos médicos, já que a criança reage, familiares entraram em contato com outros centros de saúde fora do estado, em busca de um tratamento que possa reverter o quadro.
Encontraram uma esperança na Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), em Itaquera (SP), que entrou em contato com a família e disse que tem um leito disponível para o menino e uma possibilidade de tratamento.
Entretanto, os médicos do hospital em que Carlos está internado disseram à família que, diante do quadro de saúde enfrentado, o menino não tem condições de viajar em uma Unidade de Terapia Intesiva (UTI) áerea, até São Paulo.
Por outro lado, segundo familiares, os médicos dizem que é possível transportá-lo em uma unidade móvel até Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, onde a família mora, para receber cuidados paliativos no conforto do lar.
Agora, a família enfrenta uma luta com o hospital e o plano de saúde para conseguir a transferência e tentar o tratamento na Tucca.
O Hospital Santa Rosa, onde ele está internado, informou, por meio de assessoria, que vai emitir uma nota sobre o caso de Carlos Daniel.
Carlos começou a apresentar os sintomas com um ano de idade. Porém, o diagnóstico do tumor não foi rápido.
Antes, ele sofreu com vômitos, dores, ficou estrabico e perdeu o controle dos membros. Somente quando uma médica do pronto atendimento pediu um hemograma completo é que as células canceríginas foram detectadas.
Depois disso, vieram os exames de imagem, a internação e uma cirurgia para retirar um pedaço do tumor e fazer biopsia. Depois da comprovação do câncer, a equipe médica tentou fazer quimioterapia, mas o menino não reagiu bem e o tratamento foi suspenso.
Diante disso, segundo a família, o hospital informou que a criança teria apenas cinco meses de vida e que seria tratado de forma paliativa.
Desde então, Carlos está internado UTI em Cuiabá.