Vários documentos queimados foram encontrados pela Polícia Civil dentro de uma churrasqueira do condomínio onde mora o secretário adjunto de Saúde, Flávio Alexandre Taques da Silva, no Bairro Santa Rosa, em Cuiabá. Ele é um dos alvos da Operação Sangria deflagrada pela Delegacia contra Crimes Fazendários (Defaz), nessa terça-feira (18), para investigar um esquema de fraude.
A polícia disse que a suspeita é de que os documentos tenham sido queimados pelo secretário para tentar eliminar provas.
No entanto, mesmo queimados, os papéis foram recolhidos e encaminhados para análise.
Flávio está foragido desde essa terça-feira. A polícia foi até o endereço dele, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, para cumprir o mandato de prisão, mas foram informados pela ex-mulher dele que ele estava morando em Cuiabá.
Ao chegarem no endereço informado pela mulher, o secretário não estava. Conforme as câmeras de segurança, ele havia saído do local 5 minutos antes da chegada da polícia.
Os policiais revistaram o apartamento, mas encontraram apenas os documentos queimados.
Na operação, foram presos Huark Douglas Correia da Costa, ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Fábio Liberali Weissheimer, médico e sócio da Pró-Clin, Adriano Luiz Sousa, empresário e advogado, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Luciano Correa Ribeiro, médico e sócio da Pró-Clin, e Fábio Alex Taques. O secretário adjunto de Gestão de Saúde de Cuiabá, Flávio Taques, segue foragido.
Os alvos da segunda fase são investigados em crimes de obstrução à Justiça praticada por organização criminosa e coação no curso do processo.
A operação apura irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin, Qualycare e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o governo estadual.
A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos, administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização.
A investigação aponta que a organização criminosa está deteriorando a saúde pública de Cuiabá e de Mato Grosso.