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Bebê morre 2 dias depois de dar entrada em hospital com garganta inflamada em MT e polícia apura denúncia de negligência

João Paulo de Souza Camargo de três meses morreu durante o processo de transferência para outro hospital.

Data: Sexta-feira, 21/12/2018 07:36
Fonte: G1 MT

Um bebê de três meses morreu dois dias depois de dar entrada em um hospital de Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, com uma inflamação na garganta. A família de João Paulo de Souza Camargo, que morreu no sábado (15), registrou um boletim de ocorrência alegando negligência médica.

A Polícia Civil informou que abriu um inquérito para apurar a denúncia.

O Hospital das Clínicas afirmou, por meio de nota, que não houve erro por parte da equipe médica, e que não vai dar detalhes sobre o caso.

Já a Secretaria de Saúde de Primavera do Leste informou que vai abrir um processo de investigação sobre a morte do bebê.

De acordo com o pai do bebê, João Batista Camargo, o hospital tinha informado que o bebê precisava ser transferido para Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. No entanto, ele morreu durante a preparação para a transferência.

“Eu e minha mulher fomos para a casa arrumar as roupas dele, mas, não deu tempo de voltarmos. O pessoal do hospital ligou e pediu para irmos depressa para lá. Quando chegamos, eles disseram que tentaram entubá-lo, mas ele já havia morrido”, contou.

Segundo a família, o laudo do hospital apontou que a morte do bebê foi causada por uma parada cardiorrespiratória. No entanto, João Batista disse que recebeu informações de que houve erro médico.

“A pessoa disse que a médica não conseguiu entubá-lo e que deu hemorragia no bebê. Ele broncoaspirou sangue e, quando a situação ficou irreversível, chamaram outros médicos”, disse.

A polícia solicitou a exumação do corpo para uma perícia, mas o Ministério Público Estadual não autorizou o procedimento.

“Esperamos que a Justiça olhe com mais sensibilidade para esses casos. Hoje é meu filho, amanhã pode ser o bebê de outra pessoa. Durante esses três meses eu amei muito, isso dói demais para mim”, lamentou o pai.

Os pais do bebê, os médicos e enfermeiros do hospital ainda devem ser ouvidos pela polícia.