Refletindo sobre postagens de professores indignados com o fato do combate a doutrinação nas escolas, penso que a discussão está saindo da Seara da legalidade das diretrizes que balizam a conduta e as ações de cunho educacional e entrando num campo totalmente desprovido da razão e impregnada de paixões ideológicas e comprovadamente fracassadas.Não é cassar o direito de crer e militar por uma causa a qual acredita, mas respeitar o estado democrático de direito.
A autonomia do professor não é plena e sim relativa. A proposta curricular e os fundamentos que devem ser observados está na lei.
Não vale a vontade do professor escolher o que vai trabalhar, mas o que a comunidade escolar dentro de suas particularidades espera da escola. É para isso que cada escola tem a obrigação de produzir seu Plano Político Pedagógico, respeitando e propondo ações que traduzam as peculiaridades e anseios da comunidade a qual abrange.
Professor que não respeita a proposta política pedagógica de sua escola e usa da sala de aula para militância político partidária e satisfazer ego pessoal afronta a essência da escola.
Doutrinar aluno num viés ideológico pode ser chamado de qualquer coisa, menos cidadania.
Texto de autoria do Professor
Lourival Francisco dos Reis
Licenciado em Geografia/UNEMAT
Especialista em Interdisciplinaridade
Acadêmico de Direito/AJES - Guarantã do Norte