Um homem suspeito de ter envolvimento na morte de um professor universitário foi preso nessa última sexta-feira (4) na praça de pedágio da BR-163 em Sorriso, 80 km de Sinop. Francisco Moacir Pinheiro Garcia, de 53 anos, morava em Sinop, a 503 km da capital, e foi encontrado morto em dezembro de 2018.
Segundo a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Sinop, o suspeito, Rodrigo José Pozzer, de 32 anos, morava com o professor, que era homossexual. Eles tinha um relacionamento afetivo.
Francisco estava desaparecido e era professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Em interrogatório, Rodrigo negou que teve envolvimento na morte da vítima.
De acordo com o delegado da Derf, Ugo Ângelo Reck de Mendonça, a hipótese inicial era que Francisco tivesse sido vítima de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. No entanto, as investigações avançam na possibilidade de se tratar de um homicídio seguido de furto.
Rodrigo e Francisco moravam juntos. Ele ajudava Francisco, que tinha sido submetido a uma cirurgia em um dos braços.
INVESTIGAÇÃO
A polícia teve acesso a imagens de câmeras de segurança que apontam que o suspeito foi o último a ser visto, saindo da casa com a vítima. Dois dias após ele reaparece no local, sozinho, com o carro da vítima. Rodrigo levou diversos pertences, como eletrodomésticos, de dentro da residência.
Ao ser interrogado, Rodrigo afirmou que no dia do desaparecimento levou Francisco em um bar, de onde a vítima teria saído com outras duas pessoas. Posteriormente essas supostas pessoas disseram que haviam matado o professor.
O crime segue em investigação para apurar a real motivação, bem como eventual envolvimento de outras pessoas na morte da vítima.
Rodrigo foi abordado no pedágio da BR-163 em Sorriso. O suspeito estava com o veículo da vítima, que já estava com placas adulteradas.
O CASO
O professor universitário foi encontrado morto no dia 15 de dezembro entre os municípios de Cláudia e União do Sul, a 608 e 689 km de Cuiabá, respectivamente.
Um boletim sobre o desaparecimento, que teria sido percebido no dia 18, foi comunicado por um amigo da vítima.
Ele disse que tentou manter contato por ligações e mensagens com o amigo. Uma pessoa respondeu com vários erros de português, o que seria improvável já que a vítima é professor.
Ainda, a foto do perfil no WhatsApp também tinha sido retirada. O telefone estava dando desligado, o veículo da vítima também não foi encontrado na casa dele.