Um policial militar morreu na queda de um helicóptero da corporação na manhã desta segunda-feira (14) na Baía de Guanabara. O sargento Felipe Marques de Queiroz, 37 anos, ficou 15 minutos preso na cabine submersa e chegou a passar por reanimação a poucos metros do local da queda, mas morreu horas depois.
O acidente foi pouco antes das 9h no Canal do Cunha, na altura da Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio. Quatro homens estavam a bordo. Além de Queiroz, dois PMs fraturaram a perna. O quarto não teve ferimentos graves.
Queiroz estava há 14 anos na PM e tinha três filhos.
Imagens do Globocop mostraram socorristas fazendo massagem cardíaca em Queiroz.
Vídeos nas redes sociais mostram ainda o momento em que um dos tripulantes, na água, acena para a terra.
Em nota, a Secretaria da PM informou que a Fênix 08 sobrevoava a região reforçando o patrulhamento na Linha Vermelha. "Durante o monitoramento aéreo da via, houve necessidade de fazer um pouso forçado na água", disse.
A porta-voz da PM, Claudia Morais, confirmou que estavam no helicóptero dois oficiais e dois praças.
O guia de turismo Gustavo Hungria testemunhou a queda. "Estava voando bem baixo, o helicóptero, quando a gente sentiu que estava acontecendo alguma coisa e ele caiu na água logo em seguida. Não deu para escutar nenhum barulho", conta.
A PM confirmou que o helicóptero acidentado pertence ao Grupamento Aeromóvel (GAM) da corporação.
A aeronave era chamada de Fênix 08. De acordo com o registro na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), trata-se de um helicóptero modelo esquilo AS 350 BA fabricado em 1998 pela Helibras. O peso máximo de decolagem é de 2,1 toneladas, e o veículo voa com um motor turboeixo.
A aeronave pode transportar até cinco passageiros, e o Certificado de Aeronavegabilidade - documento que comprova que uma aeronave está com sua condição verificada - vai até 15 de janeiro de 2022.
"A aeronave Esquilo Modelo AS 350 BA estava com manutenção regularizada. O acidente será apurado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). O Centro de Criminalística da Polícia Militar também acompanhará a apuração", emenda a nota.
Das sete aeronaves que a PM tem, apenas três estavam em condições de operação. Com a queda, agora são duas. As outras quatro passam por manutenção, seja periódica ou precisando de peça específica.
Também em nota, o Cenipa informou que já está analisando fragmentos do helicóptero. "A conclusão de qualquer investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente", completou.