Os servidores públicos passaram a noite no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para tentar evitar que um projeto que altera o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) - recomposição inflacionária, que deveria passar por segunda votação na terça-feira (22).
Ao todo, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (Sisma), Oscarlino Alves cerca de 40 manifestantes passaram a noite no plenário.
A pauta faz parte de um pacote de medidas apresentada pelo governador Mauro Mendes (DEM) para conter gastos e enxugar a máquina pública.
Na semana passada, Mendes decretou estado de calamidade financeira para tentar conter a crise no estado.
Esses e outros projetos que tratam de cortes de gastos propostos pelo governo tramitam em regime de urgência e para votá-los os deputados estão fazendo sessões extraordinárias.
Na primeira votação, o projeto sobre a RGA obteve 14 votos favoráveis pela aprovação e seis contrários. Os seis deputados que votaram contra foram Wancley Carvalho (PV), Max Russi (PSB), Janaina Riva (MDB), Valdir Barranco (PT), Allan Kardec (PDT) e Wilson Santos (PSDB).
Na terça-feira, o juiz Paulo Márcio Soares de Carvalho, da 4ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, determinou que os servidores que estão ocupando o prédio da ALMT em protesto deixassem o local em até 3 horas.
A ação foi proposta pelo procurador-geral da assembleia legislativa, Grhegory Paiva Pires Moreira Maia.
Na TV Assembleia, porém, o presidente Eduardo Botelho (DEM) disse que não pretende utilizar força policial para que os manifestantes sejam retirados do local.