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Deputado estadual Faissal Calil quer reduzir VI e acabar com verba pública para festas.

"Esta farra têm que acabar" diz o deputado.

Data: Segunda-feira, 04/02/2019 20:35
Fonte: Olhardireto.

O deputado estadual Faissal Calil (PV) chega ao Parlamento com a clara proposta de priorizar a destinação de recursos públicos para a saúde e de cortar gastos que considera exagerados. No seu raio de ação, sustenta, estão a verba indenizatória e as emendas impositivas.
 
Faissal afirma que pretende acabar com a destinação de emendas impositivas a eventos culturais e turísticos. “Temos um estudo para que toda emenda impositiva do parlamentar seja destinada para as áreas de saúde e educação, impedindo de forma veemente que o deputado use dinheiro público para encaminhar para eventos como festivais, carnaval”, explicou, no dia da posse.
 
“Isso é um dinheiro que não tem volta, é um descaso com o cidadão. O pessoal faz queima de alho e gasta R$ 140 mil e eu que faço um arraial do tio Faissal e gasto só R$ 30 mil. Isto é falta de respeito com o dinheiro público. Já temos um projeto neste sentido para que o dinheiro do contribuinte não seja gasto em festa, enquanto as pessoas continuam morrendo nos hospitais”, completou.
 
Para Faissal, a redução da verba indenizatória é parte de uma política de corte de gastos que precisa ser implementada no Legislativo. Atualmente, a VI do Parlamento em MT é de R$ 65 mil, a maior do Brasil.
 
“Sou a favor [da redução]. Acho que nós temos que não só reduzir verba indenizatória, mas como reduzir todo orçamento da Assembleia. Temos que ter uma meta de devolver pelo menos R$ 100 milhões para o Estado de Mato Grosso. Gostaria muito que isso fosse uma realidade para nós deputados”.
 
Faissal é advogado e já foi vereador por Cuiabá. Agora retoma a vida pública após breve hiato e troca de partido. Quando atuou no Legislativo municipal, era filiado ao PSB, ocasião em que compartilhava legenda com o então prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, hoje governador do Estado e filiado ao Democratas.  
 
O PV deve ser base do governo Mendes, mas Faissal sustenta que terá uma posição de independência. “Eu costumo falar que eu não faço oposição por fazer. Não faço oposição a pessoas, e sim a atitudes, a projetos. O que for bom para Mato Grosso vou votar sim e o que eu achar que é ruim para Mato Grosso votarei não”, finalizou.