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Famílias pedem prazo para deixar área invadida em MT durante cumprimento de reintegração de posse

Área foi invadida há oito meses. Cerca de 2 mil pequenos agricultores vivem na comunidade.

Data: Terça-feira, 05/02/2019 14:19
Fonte: G1 MT

Cerca de 2 mil pequenos agricultores vivem na comunidade Pecuama, em Santo Afonso, a 266 km de Cuiabá, que, há oito meses, foi invadida e parte da área foi ocupada por integrantes do movimento “Frente Nacional de Luta”. Nessa segunda-feira (4) a Polícia Militar foi para o local para dar apoio à decisão da justiça de reintegração de posse para os sitiantes.

Os integrantes do movimento, que ainda estão acampados na comunidade, afirmaram que devem deixar a área até essa quarta-feira (6).

Em um vídeo gravado na semana passada, mostra uma discussão sobre a terra entre os integrantes do movimento e os agricultores.

O Ministério Público explicou que as cinco áreas demarcadas na região da comunidade Pecuama e Agroama, somam mais de 22,2 mil hectares.

Os pequenos agricultores contaram à reportagem que a área foi doada por uma empresa há mais de 20 anos e, por isso, eles construíram casas na região.

“Construímos nosso espaço, mas agora chega um grupo e quer ser dono. Assim fica difícil para nós”, disse uma moradora da região.

De acordo com a Promotoria de Justiça, a propriedade pertence a um banco, que ficou responsável pelo patrimônio de uma usina.

 
Recentemente houve confronto na comunidade Pecuama — Foto: TVCA/ ReproduçãoRecentemente houve confronto na comunidade Pecuama — Foto: TVCA/ Reprodução

Recentemente houve confronto na comunidade Pecuama — Foto: TVCA/ Reprodução

O presidente da Associação de Moradores, Sandro Francisco Borges, disse que todos os pequenos agricultores da região não querem dividir o espaço com o grupo que chegou no local recentemente.

 

“Chegaram cerca de 30 carros e tentaram entrar à força e nós nos reunimos para tirá-los do nosso espaço”, contou.

O líder do movimento “Frente Nacional de Luta” afirmou que estão no local porque a terra pertence ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

“Essa terra foi passada para a União, então é para a reforma agrária, é para nós. Por meio do Incra, o nosso objetivo é que cada um alcance seu pedaço de terra e sustentar a família com dignidade”, ressaltou.

No entanto, segundo o Incra, a área não está inscrita no programa nacional de reforma agrária.