O jovem Guilherme Lucas da Silva, 20 anos, que foi preso após participar de um racha na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, na última quinta-feira (7), passou por audiência de custódia na sexta-feira (8) e foi solto sem pagar fiança, pois teria se apresentado à polícia voluntariamente. O racha terminou em um acidente e duas pessoas foram presas.
A audiência de custódia foi realizada na tarde do dia 8 de fevereiro no Fórum de Cuiabá. O juiz Mário Roberto Kono de Oliveira presidiu a sessão. O Ministério Público pugnou pela homologação da prisão em flagrante e a substituição dela em liberdade provisória.
A defesa também pediu a liberdade provisória sem o pagamento de fiança. O magistrado concedeu o pedido justificando que o jovem teria se apresentado voluntariamente à polícia.
“Considerando que o indiciado somente fora detido por que se apresentou a polícia e não por que esta saiu ao seu encalço, não há como homologar o flagrante, razão pela qual relaxo o auto de prisão em flagrante e determino seja o custodiado colocado imediatamente em liberdade, salvo se por outro motivo não estiver preso”, disse o juiz.
O caso
Consta do boletim de ocorrências que populares relataram que o veículo UP e outros três estavam praticando racha na avenida Miguel Sutil. Em dado momento, já próximo do posto que fica em frente ao Parque Mãe Bonifácia, o condutor do primeiro carro perdeu o controle, bateu no canteiro central, atravessou a via, atingiu a mureta do posto e também um automóvel que estava estacionado.
Mesmo após atingir carro no posto, o veículo ainda voltou para pista, onde capotou. As testemunhas ainda relataram que ocupantes de outro carro pararam no local, retiraram vários objetos que estavam dentro do UP e fugiram.
Quando a equipe da Polícia Militar chegou ao local, foi informada que um dos ocupantes do carro, identificado como Bruno Henrique Navarro, 29 anos, havia fugido logo depois do acidente. Em rondas pela região, o suspeito foi encontrado e detido.
Na sequência, um jovem identificado como Guilherme Lucas da Silva, 20 anos, se apresentou e disse ser o condutor do UP. Porém, no veículo foi encontrada uma carteira contendo a Carteira Nacional de Habilitação de Giovanni Alvim Bernardo da Silva, 25 anos. Durante checagem, verificou-se que o automóvel está no nome da mãe dele.
O delegado da Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), Christian Cabral, já assumiu as investigações para verificar as reais circunstâncias do acidente. Guilherme foi atuado pelos crimes de racha e dano.