Familiares de Douglas Alcântara de Souza, de 29 anos, acreditam que ele e o namorado, Henrique Oliveira Falbo, de 22, tenham se afogado ao mesmo tempo. O casal desapareceu no dia 3 de fevereiro e o corpo de Douglas foi encontrado no Parque Municipal Roberto Mário Santini, em Santos, no litoral paulista, neste fim de semana.
Douglas e Henrique estavam hospedados em uma pousada no bairro Itararé quando sumiram. Eles foram vistos pela última vez em um quiosque da orla de São Vicente, também no litoral paulista, por volta das 18h. Moradores da Grande São Paulo, o casal estava junto há cerca de cinco meses
O corpo de Henrique foi achado por banhistas na segunda-feira (4), próximo ao Canal 1, em Santos, cidade vizinha, com sinais de afogamento. Desde então, familiares de Douglas faziam buscas na região. Segundo Diego Alcântara, irmão, eles voltaram para o litoral após saberem do corpo achado no Emissário Submarino.
"Descemos assim que soubemos. Já tínhamos voltado para São Paulo. Tínhamos esperança de ser ele por conta de onde apareceu", diz. A família havia sido alertada por um surfista ao longo da semana de que o corpo poderia estar preso às pedras do parque.
“Pedimos aos Bombeiros para fazerem buscas no local, mas eles alegaram que só poderiam caso tivessem alguma confirmação de que, de fato, haveria algo lá, e não porque achávamos que estaria”, diz.
Além disso, a família também havia sido informada pela corporação de que a possibilidade de Douglas ter se afogado, assim como o namorado, era remota, já que nestes casos, o corpo já deveria ter surgido em praias da região.
Ainda assim, para ele, tudo indica que Douglas, que sabia nadar, e Henrique se afogaram juntos. "O mar estava muito agitado no domingo. Mas se tivessem achado antes, o corpo do meu irmão não estaria naquele estado".
O corpo de Douglas, em avançado estado de decomposição, foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Santos, onde familiares fizeram a identificação por foto. Ele foi liberado após exames constatarem que o corpo realmente era do vendedor. Um laudo oficial do IML será emitido nos próximos dias. Ele deverá ser sepultado na manhã desta segunda-feira, em Itaquaquecetuba, cidade em que morava.
O G1 também entrou em contato com o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), que informou que, em casos de desaparecimento no mar, as buscas não dependem exclusivamente de um chamado de alguma autoridade oficial. Inicialmente, buscas são feitas a partir da denúncia e, caso o desaparecido não dê sinais, novas buscas mais detalhadas voltam a ser feitas.
O grupamento também reitera que todo o trabalho só é feito durante o dia, já que o procedimento precisa do auxílio de luz. Ele é feito com o uso de embarcações pequenas e concentra-se com base no local do desaparecimento e da movimentação da maré dos dias posteriores ao sumiço.