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Ministério Público cobra solução para 12 PSFs de Juína em condições precárias

As unidades do Programa Saúde da Família (PSF), foram apontadas com problemas de infraestrutura e falta de profissionais.

Escrito por Marcelo Guedes

14 JAN 2025 - 18H37 (Atualizada em 15 JAN 2025 - 11H13)

Luciano Melo

A cidade de Juína/MT enfrenta um momento de alerta na área da saúde. O Ministério Público moveu uma ação civil pública envolvendo 12 unidades do Programa Saúde da Família (PSF), apontando problemas de infraestrutura e falta de profissionais. Em entrevista, Jânia Ferreira Dias, assessora da Secretaria de Saúde e responsável por substituições legais, abordou a situação e as ações já em andamento para sanar os problemas.

Segundo Jânia, a gestão municipal tem ciência da ação, mas ainda aguarda a notificação oficial. Apesar disso, afirma que os problemas estão sendo tratados há algum tempo. "Estamos trabalhando nas adequações estruturais das unidades, seguindo um cronograma de reparos e reformas, além da aquisição de equipamentos permanentes. No quesito recursos humanos, profissionais já foram contratados e há um projeto para suprir a demanda restante, incluindo a realização de um concurso público", explicou.

A secretária substituta destacou que a origem dos problemas estruturais está ligada à antiguidade das unidades de saúde. "Muitas delas foram

Reprodução
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Buraco na Parede em PSF

construídas em épocas em que não se levava em conta legislações sobre adequações estruturais. Com o tempo, essas estruturas se desgastaram", relatou.

Sobre a falta de profissionais, Jânia garantiu que todas as unidades possuem equipes mínimas, conforme exigido pelo Ministério da Saúde, mas reconheceu que a crescente demanda do município exige reforço. "Não há falta de profissionais, mas sim necessidade de ampliar o quadro para atender à população com maior eficiência", afirmou. 

O Ministério Público estipulou 180 dias para as adequações, mas Jânia ressalta que é preciso analisar a notificação detalhadamente para verificar se o prazo é uniforme ou se há especificidades para cada ponto relatado. "Já temos muitas ações em andamento desde o ano passado, então acredito que o que falta não é extenso. Porém, precisamos entender os detalhes da decisão para garantir uma resposta concreta à sociedade", afirmou.

Outro tema polêmico abordado foi a questão dos agendamentos nas unidades de saúde, alvo frequente de reclamações por parte da população. Pacientes relatam longas filas, madrugadas perdidas e falta de organização nos atendimentos.



Jânia revelou que a Secretaria de Saúde trabalha na implementação de um sistema de agendamento mais acessível, que permitirá marcações online, mas ressalvou que algumas questões culturais da população e a falta de acesso à internet por parte de idosos ainda desafiam uma solução universal.



"Queremos atender tanto quem prefere o sistema digital quanto aqueles que buscam o atendimento presencial. Sempre haverá uma reserva para demandas espontâneas, principalmente para garantir que idosos e outros grupos vulneráveis não sejam prejudicados", assegurou.

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Por Marcelo Guedes, em Saúde

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