O tempo, esse artesão silencioso, molda tudo à sua maneira. Ele, com suas mãos invisíveis, esculpe cada momento da nossa vida, trazendo e levando coisas, pessoas, sentimentos. Tudo que começa, termina. As flores mais belas desabrocham apenas para, em seguida, murcharem. E assim é a vida, em toda a sua imperfeita perfeição.
As coisas boas passam. O riso compartilhado em uma tarde de verão, o brilho nos olhos de um encontro inesperado, o calor de um abraço que parecia durar para sempre. Tudo isso se esvai, como areia entre os dedos. Mas o que fica? Ficam as lembranças, e com elas, a saudade. Mas o tempo, novamente ele, tem a capacidade de suavizar essas lembranças, de transformar a saudade em um sentimento doce, uma lembrança de que um dia fomos felizes.
Mas, assim como as coisas boas, os ruins também passam. A dor, a tristeza, o desespero, tudo isso um dia se vai. Pode demorar, pode parecer interminável, mas, de alguma forma, o tempo encontra uma maneira de nos curar. E, quando tudo se acomoda dentro de nós, quando as feridas começam a cicatrizar, conseguimos olhar para trás com outros olhos. O que antes parecia insuportável, agora é visto com mais compreensão, com mais calma. E, às vezes, até com gratidão.
É estranho pensar que as coisas acontecem da maneira que têm que acontecer. Mas, quando o tempo faz o seu trabalho e tudo dentro de nós se acalma, começamos a perceber que cada experiência, cada momento, teve o seu lugar e o seu propósito. O que antes era incompreensível começa a fazer sentido. E, então, nos conformamos.
Conformar-se não é desistir, não é aceitar passivamente tudo o que nos acontece. É, ao contrário, um sinal de sabedoria, de maturidade. É entender que, por mais que desejemos controlar tudo, a vida tem seus próprios planos. E, quando aceitamos isso, encontramos paz. Paz para seguir em frente, paz para abraçar o que vem, sabendo que, assim como tudo o que já passou, o que está por vir também terá o seu tempo.
Assim, seguimos, um dia de cada vez, confiando no tempo, esse artesão invisível que, em silêncio, continua a moldar a nossa vida. Porque, no final, tudo passa. E o que resta é o que realmente importa.
Simoni Bergamaschi
Conteúdo de responsabilidade do(a) autor(a).
Fonte: Simoni Bergamaschi
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