No dia 25 de março uma segunda-feira, na parte da tarde, um indivíduo acabou sendo preso sobre acusação de abusar sexualmente de uma criança desde os 8 anos de idade, sua própria filha, hoje com 10 anos. Num primeiro momento, o acusado negou todas as acusações feitas pela menina, mas acabou confessando os abusos e ainda revelou que fazia o mesmo com outra filha, essa quando tinha 11 anos, atualmente com idade entre 14 e 15 anos.

Após a prisão do estuprador, ele alegou que sofria de problemas psicológicos, e desde então foram feitas diversas investigações. A população de Juara ficou com muitas dúvidas sobre esse crime, entre elas o que as vítimas disseram e se a mãe sabia ou não dos atos libidinosos do marido. Em busca de respostas, a equipe da rádio Amplitude FM 88,7 e da TV Amplitude Juara, filiada a rede Record, foi até a Delegacia da Polícia Civil, onde numa entrevista exclusiva, o delegado Eric Fantin falou sobre o caso.

Fantin informou que a equipe da Polícia Civil ouviu a segunda filha, a mais velha, que confirmou os abusos e apresentou riqueza de detalhes de todas as violências que ela sofria juntamente com a irmã. A adolescente ainda afirmou que o pai era violento com toda a família e que ele só não chegava efetivamente a penetração completa em razão da pouca idade dela e sua irmã mais nova e ainda o fato do estuprador ser um homem de forte estatura.

“Então, foi doloroso para pra nossa escrivã ouvir o que ele falou, o que as vítimas relataram, mas isso comprova que a criança de 10 anos falava toda a verdade. A filha mais velha, agora tem 14 anos, já há algum tempo convive maritalmente com outro rapaz. Isso a gente enxerga que foi uma forma de fugir daquela situação de abuso sexual que era praticado pelo próprio pai.”, argumentou o delegado.  

A MÃE SABIA?

A população de Juara e região tem se questionado sobre a atitude da mãe das crianças, se ela sabia ou não desses abusos praticados pelo marido. Em resposta, o delegado Eric Fantin relatou que durante as investigações e interrogatórios, ficou constatado que a mãe não sabia de nada. Porém, a mulher foi avisada a cerca de 60 dias, pela filha de 10 anos, que revelou que o pai tocava em suas partes intimas.

Logo em seguida o pai ameaçou a criança que com medo, voltou atrás e falou que estava mentindo. A mãe ficou com aquela dúvida, essa teria sido a primeira vez que ela tinha ouvido essa história e como a criança voltou atrás logo em seguida, a mulher ficou na dúvida se isso era realmente verdade e não procurou nenhum tipo de ajuda.

“Mas tão logo nós confirmamos que havia acontecido, nós percebemos que a mãe em momento nenhum encobriu os fatos. Ela nos contou tudo o que foi que aconteceu na presença dela. Após a confirmação, ela inclusive pediu medidas protetivas de urgência em favor dela e das crianças”, explicou o delegado.  

Ele relatou que isso demonstra que a mãe estava sim preocupada com as filhas, mas que diante da circunstância da filha ter denunciado e depois voltado atrás, ela não tinha os elementos para confirmar os fatos.

É importante ressaltar que as crianças têm uma imaginação vibrante que é vital para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Através da imaginação, elas exploram diferentes papéis, cenários e emoções, o que contribui para a sua criatividade e autoexpressão.

No entanto, é essencial reconhecer que a imaginação sexual não é uma parte inerente ou natural da infância. A sexualidade é um aspecto complexo do desenvolvimento humano que surge em fases posteriores da vida, quando as crianças estão prontas para entender e processar essas questões de forma saudável e apropriada para a sua idade.

O delegado Eric Fantin alertou que qualquer mudança repentina de comportamento pode indicar possível abuso, seja bullying na escola ou abuso sexual em qualquer lugar. Estatísticas mostram que mais de 50% dos abusos são cometidos por pessoas próximas da criança, como pai, padrasto, irmãos e tios. Portanto, é crucial ter cuidado com quem se deixa a criança sozinha.

Se a criança ainda não tem idade para entender, é importante conversar com ela de forma que compreenda o que é permitido e o que não é, onde pode ser tocada em seu corpo e onde não pode. Isso ajuda a criança a perceber e procurar ajuda caso seja vítima de abuso.

É necessário que as mães estejam atentas, pois a maioria dos abusos são cometidos por homens. No caso do pai que cometeu esse tipo de crime, ele continua preso e os próximos procedimentos incluem finalizar o inquérito esta semana e indiciá-lo pelo estupro de ambas as filhas.

TRAUMAS SOFRIDOS POR CRIANÇAS QUE SÃO ABUSADAS SEXUALMENTE

É importante reconhecer que o abuso sexual infantil representa uma traição brutal da confiança e da inocência da infância. As crianças abusadas muitas vezes enfrentam uma luta interna complexa, marcada por sentimentos de culpa, vergonha e confusão. Eles podem se culpar pelo abuso, questionar sua própria identidade e valor, e sentir-se incapazes de confiar em outros ao seu redor.

Fonte: Redação Eberth Rodrigues.