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Tutor de cães é preso após ataque fatal a gato em Juína; Ele apenas ficou olhando a violência

A pena para esse tipo de crime varia de dois a cinco anos de prisão, sem possibilidade de fiança, uma vez que a morte do animal configura agravante.

Escrito por Marcelo Guedes

13 FEV 2025 - 10H18

Um vídeo que viralizou nas redes sociais tem causado indignação em Juína, município ao noroeste de Mato Grosso. As imagens, captadas por uma câmera de monitoramento no bairro Módulo 5, registram o ataque brutal de quatro cães contra um gato branco, que tentou escapar desesperadamente, mas acabou sendo morto. O que mais chocou a população foi a postura do tutor dos cães, que, mesmo tendo controle dos animais por meio de coleiras guias, nada fez para impedir o ataque.

De acordo com informações apuradas pelo Amplitude News, o tutor costuma ser visto passeando com seus cães pelas ruas do bairro. No momento do ataque, o felino tentava subir no portão de uma residência para se proteger, mas caiu e foi fatalmente atacado. A dona do gato, profundamente abalada, expressou sua revolta ao ver as imagens.

"Foi revoltante. Ele poderia ter segurado melhor a coleira e evitado tudo isso. Quando o gatinho caiu, ele simplesmente não fez nada. O que mais me assusta é pensar que poderia ter sido uma criança ou um idoso no lugar do meu gato", declarou a proprietária do animal.

A repercussão do caso foi imediata, mobilizando a Polícia Civil. Segundo o delegado Ronaldo Binoti Filho, os vídeos começaram a circular pelos grupos de WhatsApp da cidade por volta do meio-dia e meia, e rapidamente a polícia iniciou as investigações. Ainda durante a tarde, o tutor dos cães, identificado como Francisco Prada, professor da cidade, foi localizado em sua residência e preso em flagrante por maus-tratos qualificados contra animais.

"Assim que tomamos conhecimento do caso, os investigadores registraram o boletim de ocorrência, identificaram o tutor e iniciaram diligências. Com muito empenho, conseguimos localizá-lo e prendê-lo. Agora, ele será responsabilizado dentro da lei", afirmou o delegado.

A Polícia Civil destacou que a prisão ocorreu com base no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), na forma qualificada. A pena para esse tipo de crime varia de dois a cinco anos de prisão, sem possibilidade de fiança, uma vez que a morte do animal configura agravante.

Outro fator que gerou perplexidade foi o comportamento do tutor no momento do ataque. "O que mais impressiona nesse caso é que os cães estavam com guias. Bastava que ele segurasse ou desse um comando para interromper o ataque. Mas ele não fez nada. Já observei esses cães antes, são bem treinados e obedientes. Se ele tivesse tentado impedir, o gato não teria morrido", enfatizou o delegado.

Além da responsabilização criminal, a legislação municipal exige que cães de grande porte e de raças consideradas potencialmente perigosas circulem com guia, focinheira e outros meios de contenção. No caso registrado, os cães usavam apenas guias, o que contribuiu para o desfecho trágico.

A população de Juína reagiu com indignação nas redes sociais, manifestando repúdio ao tutor e cobrando punições mais severas para casos de maus-tratos contra animais. O vídeo, que se espalhou rapidamente, tem gerado comoção e reacendido o debate sobre a responsabilidade dos tutores na condução de animais em áreas públicas.



Assista abaixo a reportagem completa:


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